Que o som deste vago ofício
Me é tão claro e profundo?
Em que mar de plasma
Navego a buscar grãos,
Grãos de pétalas pungentes?
Meu coração é sensação louca
Em que me vejo esparramado,
E meu olhar é só da chuva
Que se vai me obedecendo:
Cai, cai dentro de mim!
E essa sombra que não cessa,
E esse lápis que trabalha,
Se é que há caminho,
Por onde me encaminham?
O tempo volve-me o rosto
À luz do sono,
E faz-se insônia então molhada.
Acalme-se Loucura,
É só o espaço de uma tempestade...