Há de vir o dito dia
Em
que serás compreendida, amada luz,
Tu e teu silêncio,
Tua
voz e teus cabelos,
Teu horizonte perdido.
Há de vir o dia
Em
que, finalmente,
Banharás a mim e a meu povo
De lua e de
estrelas:
Tua ínfima demonstração de amor.
Há de vir o dia
Em
que esta canção
Te levará em revoada
Aos montes ressonantes dos
teus sonhos.
Há de vir o dia, enfim,
Em que teu sonho,
reiterado,
Fechará toda a sombra que há no asfalto;
E então,
recobrado o fôlego,
O mundo irá respirar calmo
Do sopro da tua
luz, da tua doce luz...
Um blog sobre poesia, música, e tudo o mais que se diga, de passagem, não passageiro na nossa vida. Poemas meus não tem nenhuma referência quanto a autoria. Poemas e músicas de outrem, obviamente, terão menção dos autores e/ou intérpretes...
domingo, 19 de dezembro de 2010
terça-feira, 14 de dezembro de 2010
Noturno
Há um tempo em que
As
palavras já não dizem nada
E as confissões se dissolvem no vento;
Há um tempo em que
Sequer
o olhar da natureza
Traduz as espectrais
esperanças de viver;
Há um tempo em que
O mundo, os antepassados,
A ternura, não importam mais:
Estradas e fronteiras
Não nos levam a
lugar algum
E o amor se esconde
Detrás do horizonte,
Sempre
intangível,
Sempre a mesma coisa,
Detrás de outra coisa.
Há um tempo em que
Só resta existir, nada mais,
Sem nenhum mistério de
noites,
E sem esse aperto no coração.
As
palavras já não dizem nada
E as confissões se dissolvem no vento;
Há um tempo em que
Sequer
o olhar da natureza
Traduz as espectrais
esperanças de viver;
Há um tempo em que
O mundo, os antepassados,
A ternura, não importam mais:
Estradas e fronteiras
Não nos levam a
lugar algum
E o amor se esconde
Detrás do horizonte,
Sempre
intangível,
Sempre a mesma coisa,
Detrás de outra coisa.
Há um tempo em que
Só resta existir, nada mais,
Sem nenhum mistério de
noites,
E sem esse aperto no coração.
segunda-feira, 13 de dezembro de 2010
À moça de amanhã
Moça de amanhã,
rogo-te o favor:
Tragas em tuas vestes
O que não tens de terno e
afável,
O não mostrares a beleza de sob o Sol;
O futuro marcado de
impurezas e mesquinhez.
Tragas a repulsa de sempre.
Esse campo
( não o traga ).
Há de vir o dia, moça de amanhã,
O dia da
indiferença,
O dia do corpo são, sem marcas do sofrimento
Em que
constantemente vens te apoiando
E fazendo migalhas de minha ternura
velada.
Há de vir o dia, moça de amanhã,
Sequer pensarei no passo
seguinte,
No futuro tão certo desta esperança incerta.
Há de
chegar o momento em que
Não mais passarei sob esta névoa de duzentos
anos,
Não mais, sob esta névoa de amanhã.
rogo-te o favor:
Tragas em tuas vestes
O que não tens de terno e
afável,
O não mostrares a beleza de sob o Sol;
O futuro marcado de
impurezas e mesquinhez.
Tragas a repulsa de sempre.
Esse campo
( não o traga ).
Há de vir o dia, moça de amanhã,
O dia da
indiferença,
O dia do corpo são, sem marcas do sofrimento
Em que
constantemente vens te apoiando
E fazendo migalhas de minha ternura
velada.
Há de vir o dia, moça de amanhã,
Sequer pensarei no passo
seguinte,
No futuro tão certo desta esperança incerta.
Há de
chegar o momento em que
Não mais passarei sob esta névoa de duzentos
anos,
Não mais, sob esta névoa de amanhã.
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