Há de vir o dito dia
Em
que serás compreendida, amada luz,
Tu e teu silêncio,
Tua
voz e teus cabelos,
Teu horizonte perdido.
Há de vir o dia
Em
que, finalmente,
Banharás a mim e a meu povo
De lua e de
estrelas:
Tua ínfima demonstração de amor.
Há de vir o dia
Em
que esta canção
Te levará em revoada
Aos montes ressonantes dos
teus sonhos.
Há de vir o dia, enfim,
Em que teu sonho,
reiterado,
Fechará toda a sombra que há no asfalto;
E então,
recobrado o fôlego,
O mundo irá respirar calmo
Do sopro da tua
luz, da tua doce luz...
guilherme, eu poema lembrou-me um poeta de minha cidade (Goiana).
ResponderExcluirNa luz do dia
Luz, mui bela luz
que ofusca, que brilha
que lava, borda
mela de seda
que linha alma
que minh’aura
aura doida
aura doira
aura de luz
Luz cor de plata, plumas, prata
prata ponta de punhal
que mal em terra arde
mar de prata, som, luz e sal
– que arde
cor de ocre que doira as teias
de seda, de seda
do crescer do nada
do sol, do ser, do medo
da luz
Luz, mui bela luz do dia.
José torres (verso avesso/1987)